segunda-feira, 16 de março de 2009

Onde está afinal o absurdo?

“De Kierkegaard procedem duas extensões – o existencialismo secular e o existencialismo religioso. O existencialismo secular se divide em três correntes principais representadas por: Jean-Paul Sartre (nascido em 1905) e Camus (1913-1960) na França, Jaspers (nascido em 1883) na Suíça, Heidegger (nascido em 1889) na Alemanha.

Em primeiro lugar, Jean-Paul Sartre. Racionalmente, o universo é absurdo e o homem deve buscar autenticar-se a si mesmo. Como? Mediante um ato da vontade. Assim, se você estiver andando de carro pela rua e avistar alguém na calçada sob forte chuva, você para o carro, apanha a pessoa e lhe dá uma carona. É absurdo. Que importa? A pessoa nada é, mas você se autenticou mediante um ato da vontade. A dificuldade, entretanto, é que a autenticação não tem conteúdo racional ou lógico – todas as direções de um ato da vontade são iguais. Portanto, de maneira semelhante, se você está dirigindo numa rua e avista o homem na chuva, e acelera o carro e o atropela, você autenticou sua vontade, na mesma medida. Entendeu? Assim, pranteie pelo homem moderno posto em situação tão desesperançosa.”  F.S.

Será que todos nossos atos seriam assim tão racionais como FS supõe? Será que as nossas racionalidades não seriam, muitas das vezes, meros artifícios para justificarem nossas próprias vontades? Temo que Sartre esteja correto e Schaeffer, errado.

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