tag:blogger.com,1999:blog-62600397254108177142024-03-13T09:20:38.993-07:00A morte da razãoLeitura crítica d'A Morte da Razão' e d'O Deus que se Revela' com links para as obras de arte, artistas e filósofos citados por Schaeffer.ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.comBlogger71125tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-53221645351358316242011-12-20T12:52:00.001-08:002011-12-20T12:54:37.329-08:00Palavra final: Graça e Natureza<a href="http://lh4.ggpht.com/-CLokCzK3Sik/TvD1j5UAsSI/AAAAAAAACDs/BrtiNaCZ4FM/s1600-h/image4.png"><img style="background-image: none; border-right-width: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; padding-top: 0px" title="image" border="0" alt="image" src="http://lh5.ggpht.com/-yXwsuGxIF30/TvD1km86yvI/AAAAAAAACDw/L0g1ePVMoWY/image_thumb2.png?imgmax=800" width="530" height="312"></a> <p align="justify">Após me propor a estudar mais a fundo as obras de Schaeffer, coisa que iniciei há três anos atrás, me vejo forçado agora a abandonar a empreitada. Não incompleta, pois dou a comprida missão por cumprida.</p> <p align="justify">De fato meu alvo pessoal era ir mais detalhadamente e a fundo nos dois outros livros: “o Deus que se revela”, e “o Deus que intervém”. Mas após ler “a Morte da Razão” e o “Então como Viveremos” e “o Deus que se revela” ficou-me claro o erro da principal tese de F. Schaeffer, a saber <a href="Os cinco passos fundamentais da fé fundamentalista">o fundamento da fé fundamentalista</a>. A qual tentarei resumidamente re-apresentar aqui.</p> <p align="justify">A tese de F. Schaeffer permeia todas essas suas três obras. E não precisarei ler “o Deus que intervém” para comprovar que a encontrarei ali também. Na verdade posso supor que ela estará em todas as obras do americano fundador do <em>L'Abri.</em></p> <p align="justify">Para a cosmovisão de Schaeffer o cosmo se divide em Graça e Natureza, que são indivisíveis…</p> <p align="justify">Uma vez divididas, porém, elas devem ser entendidas sob a perspectiva Bíblica que as unirão, através da epistemologia Bíblica. Para o fundamentalismo a Bíblia é inerrante. Ela dá as cartas, ela define o jogo, ela estabelece as regras. Ela dá sentido aos termos.</p> <p align="justify">Uma vez fixado isso FS estará contente e a vida deveria seguir seu curso normal, sem maiores problemas. Quando alguém porém começa a separar Natureza e Graça, e a esquecer-se da Bíblia procurando outras razões para as coisas da Natureza, ou da Graça, correrá o sério risco de tornar-se livre, ou autônomo no que diz respeito a Deus, e por fim, terá uma fé irracional – segundo F. Schaeffer.</p> <p align="justify">É como se para F.S. a Bíblia fosse um ser autônomo com vida própria, que falasse por si mesmo. Ele se esquece que a Bíblia precisa de alguém que a interprete!</p> <p align="justify">Temos na Bíblia um conjunto de livros distintos, escritos por diferentes autores em diferentes épocas, não poucas vezes de difícil interpretação (2Pe 3:16). Fatalmente a Bíblia terá alguém por trás dela a interpretá-la.</p> <p align="justify">Comumente difere-se o catolicismo do protestantismo em que no primeiro a tradição e a hierarquia da igreja terá maior autoridade em se interpretar as Sagradas Escrituras, enquanto que no último cada crente é um sacerdote, capaz de de, por si só, ler e interpretar a Bíblia.</p> <p align="justify">Seja no caso protestante ou no católico, a Bíblia estará sujeita à interpretação dos homens. É impossível fixarmos a Bíblia, de forma autônoma, e dizer que o cosmos deve ser interpretado à sua luz. Simplesmente pelo fato de ambos, Bíblia e Cosmos, serem suficientemente complexos.</p> <p align="justify">Por isso creio que em variadas fazes da vida, necessário se faz, abandonar a rigidez da letra para se alcançar a leveza do Espírito. Só assim, o indivíduo poderá transpor as crises da existencial idade humana e alçar novos horizontes.</p> <p align="justify">A Bíblia mesmo oferece-nos exemplos de sobra de sua limitada esfera de ação no viver e no construir da fé. O melhor deles é que a igreja primitiva viveu um bom tempo sem um Novo Testamento e os patriarcas não tinham nem o Velho.</p> <p align="justify">Ao contrário do Francis Schaeffer defende, a humanidade não tem como não se apegar “autonomamente” a outras fontes epistemológicas, a fim de decifrar o enigma de sua existência. A razão necessita seguir seu caminho, a fé o seu.</p> <p align="justify">Vez a fé será orientada por aquilo que a Bíblia narra, outra vez será orientada por um impulso direto do Espírito, já outra vez será alimentada por outro impulso indireto. Nem sempre tais elementos geradores de fé serão racionalmente explicáveis ou inteligíveis, nem para quem os vivencia nem para os outros.</p> <p align="justify">Francis Schaeffer foi muito rígido em seus pressupostos e errou feio. Ou como disse <strong>Ricardo Quadros Gouvêa:</strong></p> <blockquote> <p align="justify"><em>“É um pena que Schaeffer estivesse tão equivocado em suas idéias centrais.”</em></p></blockquote> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-33753985395453107732011-06-20T12:35:00.000-07:002011-06-20T12:37:26.424-07:00A necessidade metafísica<p align="justify"><img style="margin: 0px 9px 0px 0px; display: inline; float: left" align="left" src="http://photos2.fotosearch.com/bthumb/FSD/FSD155/x16091328.jpg">Claro que para uma análise mais detalhada de um capítulo denso como esse que trata do problema da existência das coisas, precisaríamos de muito mais linhas.</p> <p align="justify">Resumirei entretanto minha impressão:</p> <p align="justify">Em primeiríssimo lugar, FS descarta a a-racionalidade<sup>1</sup> da questão. E isso é um erro. Questões de fé são resolvidas no âmbito da fé. Ainda que se use a porta da razão para entrar ou sair delas, o nó só se desfará na sala da fé. Fé no sentido mais puro não implica em razão. Não, porque se falarmos de razão, então poderemos descartar o termo fé. A fé vem até mesmo suportar a razão, e é isso que FS faz. Baseado em sua fé ele apresentará as <em>suas</em> razões (que não podem ser tidas como universais).</p> <p align="justify">Nosso mais corriqueiro erro está em achar que a razão sustenta a fé, enquanto que o contrário é que é verdadeiro.</p> <p align="justify">Baseado na fé de um Deus triúno e pessoal Schaeffer irá apresentar suas razões, que são desdobramentos dessa fé – o caminho inverso sempre será traiçoeiro. Eis o problema da apologética: pretende-se baseado na razão chegar a postulados de fé. O resultado sempre é hilariante senão trágico.</p> <p align="justify">Só posso, na verdade afirmar, que existem coisas que não se enquadram no âmbito racional, pois essa é minha fé. Acho que foi Kant quem deu a última cartada nas pretensões racionalistas.</p> <p align="justify">O segundo ponto irá evidentemente perder força se descarto uma urgência racional. Quando FS afirma que existem três respostas possíveis para a existência das coisas, surgiram do nada, de algo impessoal ou de alguém. A força do argumento vai embora quando pensamos que essa existência das coisas está no campo da fé e não da razão, e não adianta o quanto nossa razão se esperneie, sempre poderá haver um contra argumento baseado naquilo que se crê.</p> <p align="justify">Assim para mim o nada pode muito bem representar o Deus infinito, que não se compara a nada do que foi criado. O espírito se assemelha muito mais ao ar, ao vento, do que a uma pedra. A algo invisível, do que a algo concreto.</p> <p align="justify">O problema persiste se digo que o universo surgiu de algo ou alguém. Pois paira a pergunta tão comum às crianças: Mas quem então criou esse algo ou alguém? De que Deus é feito?</p> <p align="justify">Para nós que cremos (e isso é uma questão de fé) está claro que as coisas, o mundo foi criado. O Criador não foi criado. Mas para um incrédulo, até não aceitar esse postulado, e isso se dá via fé – ficará uma questão ou outra. Mas de onde surgiu esse seu Deus: do nada, de algo ou de alguém?</p> <p align="justify">A outra questão que pode ficar (e FS nem sequer aborda isso) é que tudo tenha sempre existido. Não houve um começo. Não existe uma origem. Tanto o pessoal como o impessoal e o movimento se dá em um ciclo eterno.</p> <p align="justify">Os argumentos de Schaeffer se dão baseados nisso e isso não é dito de forma aberta: <em>houve um começo</em>. E logicamente se partirmos da hipótese que houve um começo a pergunta que fica é o que houve antes desse começo. E a resposta lógica acaba sendo Deus, seja lá o que se entenda por Deus.</p> <p align="justify">O outro passo argumentativo de FS está em afirmar então que esse Deus só poderia, logicamente, ser triúno e pessoal. Porque a pessoalidade só poderia se originar de uma suposta pessoalidade divina e a diversidade só poderia vir de uma suposta diversidade divina (que porém una).</p> <p align="justify">Como partilho da mesma fé de FS devo dizer que seus argumentos são fortes. Não posso porém deixar de dizer que me parecem tendenciosos. Pois as perguntas pairariam no patamar da divindade, como então explicar a origem da pessoalidade divina e da diversidade divina.</p> <p align="justify">Transferimos nossas dúvidas para um nível mais resumido, da divindade, do sagrado, e as convertemos em dogmas. Mas não podemos com isso achar que todos os problemas lógicos se resolveram.</p> <p><span style="font-size: xx-small"><font size="1"><sup>1</sup>Em contraste ao racional ou irracional.</font></span></p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-38104336261536796382011-03-17T06:10:00.001-07:002011-03-17T06:10:32.812-07:00O Demônio das Onze Horas<p><img style="margin: 0px 10px 0px 0px; display: inline; float: left" align="left" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/a/a9/Pierrotlefouposter.jpg/220px-Pierrotlefouposter.jpg"></p> <blockquote> <p>“Talvez você se lembre um dos filmes de Godard, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierrot_le_fou">Pierrot le Fou</a>, em que as pessoas em vez de sairem pela porta, saem pelas janelas. Mas o interessante é que eles não saem através da parede sólida. Goddard está realmente dizendo que, embora ele não tenha resposta, e ao mesmo tempo, ele não pode sair por aquela parede sólida. Esta é apenas sua expressão da dificuldade de considerar que existe um universo totalmente caótico, enquanto o mundo externo tem forma e ordem.” Francis Schaeffer</p></blockquote> <p>O interessante aqui, do meu ponto de vista, é o caráter provocativo e contestatário da chamada <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nouvelle_Vague">Nouvelle vague</a>, que se ergue contra os filmes comerciais e previsíveis de então. <p>O que FS não enxergou é o grito por algo diferente daquela geração. Não é tudo um tratado contra a racionalidade e ordem, mas um grande ponto de interrogação frente a todas as convenções, a toda a ordem e à racionalidade de um mundo que vinha se reconstruindo após sua segunda grande guerra. <p>Os cineastas como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Luc_Godard">Jean-Luc Godard</a> estavam a busca de algo novo e isso só se consegue, via de regra, via experimentação. <p>Embora o argumento de FS seja correto, ao afirmar que exista uma resposta “racional” para a questão antológica, não é de todo correto afirmar que possa não exista uma resposta “não racional”. <p>O próprio apóstolo nos lembra que se falarmos (usarmos da racionalidade) línguas mil e não tivermos amor, nada seríamos. <p>Uma conhecida canção evangélica nos lembra que na cruz, num gesto sem palavras, Jesus mostrou amor por nós. <p>E novamente a Bíblia arremata dizendo que a cruz, é escândalo e loucura, para os que se perdem. <p>Talvez falta-nos empatia com os que se perdem para encarnarmos essa loucura da cruz em nossas vidas e assim revelarmos a racionalidade de Cristo.</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-63380067813493417802011-01-12T15:30:00.001-08:002011-01-26T19:36:41.325-08:00Metafísica, moral e epistemologia<p><img style="margin: 0px 10px 10px 0px; display: inline; float: left" align="left" src="http://photos3.fotosearch.com/bthumb/CSK/CSK003/ks75865.jpg" width="110" height="144">Arregacemos então as mangas. E debulhemos mais esta obra.</p> <p>Tudo começa com, segundo Schaeffer, a igualdade entre religião e filosofia. Esta igualdade estaria nas questões básicas, que seriam as mesmas.</p> <p>Paira portanto alguns questionamentos a respeito dessa premissa:</p> <ol> <li>Já disse alguém que quando o cristianismo chegou à Grécia virou filosofia. No princípio contudo não era assim. Será que, de fato, outras religiões estariam também presas basicamente a essas questões filosóficas, em volta da metafísica, moral e epistemologia? <li>Outro ponto é: Até onde a própria filosofia se limita a essas três questões? Obviamente que elas são pontos fundamentais na filosofia. Mas filosofia envolve mais do que isso. Há também a história, a razão, verdade, lógica e etc. E tudo isso é muito complexo para ser fechado só em três pontos.</li></ol> <p>De igual modo a religião irá mais fundo, ou até mesmo, mais raso, que tudo isso. A religião poderá, pelo menos segundo o conceito bíblico, está envolvida com coisas meramente práticas como a sobrevivência, com o auxílio a órfãos e viúvas. Poderá passar longe da moral, e todos seus complexos mecanismos e subterfúgios, e manter-se no arroz com feijão de uma vida espartana, longe de todo tipo de corrupção desse mundo.</p> <p>Concluindo essa primeira pegada, temos que concordar com FS num aspecto. A filosofia não pode ser posta à margem e esquecida. Ela tem sem dúvida um papel importantíssimo. Mas temos que discordar dele ao querer fechar a revelação de Deus numa caixa lógica, de três chaves: metafísica, moral e epistemologia.</p> <p>Não. Deus se revela, é verdade. Até mesmo no silêncio. Na inexistência das palavras. Longe das questões e do debate moral. Bem à parte do conhecimento humano, dos sábios e entendidos. Pensar o contrário talvez tenha sido nosso grande erro. Forçamos Deus a se expressar dentro de uma lógica, que Ele mesmo nunca corroborou. </p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-39243613855725096902010-09-28T20:23:00.001-07:002010-09-28T20:23:13.937-07:00Leituras sobre “O Deus que se Revela”<p><em><a href="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/TKKxHgsfIYI/AAAAAAAAByc/a9sfgYXt1j0/s1600-h/revela%5B2%5D.gif"><img style="background-image: none; border-bottom: 0px; border-left: 0px; margin: 0px 10px 0px 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px; padding-top: 0px" title="revela" border="0" alt="revela" align="left" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/TKKxINGdiEI/AAAAAAAAByg/PZwW6uxAb60/revela_thumb.gif?imgmax=800" width="157" height="244"></a>Esse é o desafio que se coloca frente à igreja cristã conteporânea:</em></p> <p><em><strong>Como se reinventar em uma lógica onde a Bíblia e as pregações não sejam mais o centro da vida comunitária (ou da fé comunitária)?</strong></em></p> <p><em>Minha sugestão fica (contra)baseado em outro título de Francis Schaffer: <u>"O Deus que se revela" (no original, He is there and he is not silent)"</u>.</em> <p>Ao pé da letra a tradução seria: <strong>Ele existe e não está em silêncio</strong>. De um Deus que não está em silêncio passamos muito rápido para um Deus tagarela que está o tempo todo a falar, falar, falar… <p>Quero então aproveitar a perspicácia desse autor, tido como o pai do fundamentalismo americano, para investigar melhor alguns fundamentos de minha própria crença a qual foi moldada por várias dessas premissas evangelicais.</p> <p>As perguntas então que norteariam essa leitura e a nossa busca aqui seriam:</p> <ul> <li>E se Ele estiver em silêncio?</li> <li>E quando Ele se silencia?</li></ul> <p>Parece-me que o tempo amadureceu para prosseguir nessa leitura. Assim ressuscito esse Blog com a esperança de, quem sabe num futuro não muito distante, avançar para o último título da trilogia de Francis Schaeffer.</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-60629345654018561162009-12-18T11:00:00.001-08:002009-12-18T13:17:37.522-08:00Palavra final<p><a href="http://lh5.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyvRRXl8qsI/AAAAAAAABTU/HL1RPyb2XR8/s1600-h/image%5B105%5D%5B1%5D%5B1%5D.png"><img style="BORDER-BOTTOM: 0px; BORDER-LEFT: 0px; DISPLAY: inline; MARGIN-LEFT: 0px; BORDER-TOP: 0px; MARGIN-RIGHT: 0px; BORDER-RIGHT: 0px" title="image%5B105%5D[1]" border="0" alt="image%5B105%5D[1]" align="left" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyvRSLx0vpI/AAAAAAAABTY/S6VzLxsXVbw/image%5B105%5D%5B1%5D_thumb%5B1%5D.png?imgmax=800" width="103" height="160" /></a> Chegamos ao fim de uma era. O Cristianismo virou uma página e ao longo dos anos ficará cada vez mais claro o momento de transição que vivemos. O velho se vai e novo já vai tomando forma.</p><p>Francis Schaeffer representa o velho. Embora tenha de alguma forma contribuído para o surgimento do novo ele mais fez fortalecer o velho.</p><p>O velho, e roubo aqui <a href="http://www.youtube.com/watch?v=BzOBns8d6mU">parte do debate de Paulo Brabo no Lançamento de seu Livro "Bacia das Almas"</a>, é expresso pela mentalidade de que <u>a fé estaria baseada num livro</u>. Esta é a velha mentalidade, que tem como paladino FS e, em sua forma mais extrema, uma série de fundamentalistas (a maioria em continente norte americano). </p><p>Aparentemente, com a teologia liberal e tantas outras correntes que contestariam o fundamentalismo, pode-se pensar que essa mudança já havia ocorrido há mais tempo e não seria nada novo. Provavelmente foi Schleiermacher (que não é nem citado por Schaeffer) quem deu o ponta pé inicial nas mudanças. FS, todavia, se desponta (nos anos 70) como a voz do movimento evangelical para dar legitimação intelectual às crenças fundamentalistas.</p><p><a href="http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&artigo=2271&secMestre=2306&sec=2322&num_edicao=315&palavra=quarenta%20livros">Ricardo Gouvea</a> assim expressou sua análise do livro de Schaeffer:</p><blockquote><p>A intelectualidade evangélica adotou este livro como alicerce nos anos 70, para enfrentar o existencialismo, o movimento "hippie", o marxismo e a contracultura em geral. O livro convencia que o cristianismo não era incompatível com o estudo e a reflexão. É um pena que Schaeffer estivesse tão equivocado em suas idéias centrais.</p></blockquote><p>Assim a mudança de era foi prorrogada. Mas chegamos até ela. Um dos principais sinais dessa mudança se viu nas eleições presidenciais americanas e a derrota da direita evangélica. Mas não é só isso.</p><p>Voltando à frase de Brabo, ele argumenta bem que não se pode fechar uma pessoa em um sistema de palavras. Ou seja, Jesus que é a verdade na qual a fé cristã se assenta, vai além das palavras do livro. Eu particularmente deduzo disso que <u>a fé judaico-cristã não é de fato baseada num livro, mas o livro, sim, é baseado na fé judaico-cristã.</u> Daí sua vital importância.</p><p>É lamentável que Francis Schaeffer comece por Aquino e passe por uma série de personalidades da história somente pescando desacordos e tentando apontar desatinos em suas filosofias e maneiras de ver o mundo.</p><p>Ao longo desse Blog e da leitura que fiz de "A morte da razão" pude ver que, ao contrário do que FS afirmava, cada um deles tinha alguma contribuição interessante para a fé cristã.</p><p>A tese central de Francis Schaeffer é de que a razão humana, sem o apoio da Bíblia, estaria morta. Esse teria sido o erro de Aquino, acreditar que haveria razão viva sem a Bíblia. Uma vez baseado na Bíblia poder-se-ia argumentar em termos racionais com qualquer pessoa. E era justamente essa a tarefa dos crentes frente ao desafio do homem moderno, mostrar que a fé é racional, desde que baseada na Bíblia.</p><p>Aquela tese, tão comumente aceita nas fileiras evangélicas, se mostrou todavia falha, na prática. Não só por causa do fiasco que foi George Bush. Tanto nos USA como no Brasil, proliferaram escândalos de todo tipo protagonizados por pessoas, e fundamentados racionalmente por pessoas, que tinham a Bíblia como sua única regra de fé e prática.</p><p>A fé, descrita pela própria Bíblia, muitas vezes prescinde do elemento racional. Hora ela o aceita, hora (e são muitas essas vezes) o rejeita. Daí a necessidade d'o salto' (tão combatido por FS).</p><p>A era pós-moderna chegou e trouxe com ela esse subjetivismo que permite ao indivíduo vivenciar sua fé, de acordo com os (ou além dos) limites de sua própria racionalidade. Não há como extrair do ser humano o elemento existencialista descoberto por filósofos franceses e tantos outros.</p><p>Esse é o desafio que se coloca frente à igreja cristã de nosso tempo: como se reinventar em uma lógica onde a Bíblia (e as pregações) não seja mais o centro da vida comunitária (ou da fé comunitária)?</p><p>Minha sugestão fica (contra)baseado em outro título de Francis Schaffer: <u>"um Deus que fala"</u>. É hora da igreja recolocar a tônica no Deus dos antigos que era primordialmente <u>"um Deus que ouve"</u>.</p>ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-16058141968851181662009-12-17T12:19:00.001-08:002009-12-17T12:19:41.659-08:00Lido 'A Morte da Razão' (2)<p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ingmar_Bergman"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Ingmar_Bergman_1957[1]" border="0" alt="Ingmar_Bergman_1957[1]" src="http://lh5.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSS6Gr03I/AAAAAAAABSU/N9_vo3ruqZc/Ingmar_Bergman_1957%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="194" height="244" /> Ingmar Bergman</a></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Truman_Capote"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Truman_Capote_1924_1[1]" border="0" alt="Truman_Capote_1924_1[1]" src="http://lh5.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSTW4JBMI/AAAAAAAABSY/YBqvUSXfM1Y/Truman_Capote_1924_1%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="196" height="244" /> Truman Capote</a></p> <p><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Last_Year_at_Marienbad"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Marienbadposter[1]" border="0" alt="Marienbadposter[1]" src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSUBs0fwI/AAAAAAAABSc/4Favib7ycEk/Marienbadposter%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="177" height="244" /> O Ano Passado em Marienbad</a></p> <p><b><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Julieta_dos_esp%C3%ADritos"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Federico_Fellini_NYWTS_2[1]" border="0" alt="Federico_Fellini_NYWTS_2[1]" src="http://lh5.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSVELupjI/AAAAAAAABSg/jEmAYLNnjpY/Federico_Fellini_NYWTS_2%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="244" height="184" /> Julieta dos espíritos</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Federico_Fellini">Federico Fellini</a></b></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Blow-Up"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Michelangelo_Antonioni[1]" border="0" alt="Michelangelo_Antonioni[1]" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSVv6L83I/AAAAAAAABSk/iG5geN_3UoI/Michelangelo_Antonioni%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="147" height="244" /> Blow-Up</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Michelangelo_Antonioni">Michelangelo Antonioni</a></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_van_Buren">Paul van Buren</a></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Baudelaire"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Charles_Baudelaire[1]" border="0" alt="Charles_Baudelaire[1]" src="http://lh5.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSV4VzHYI/AAAAAAAABSo/cg83X4oejiU/Charles_Baudelaire%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="178" height="244" /> Charles Baudelaire</a></p> <p><a href="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSWS-s7QI/AAAAAAAABSs/pSaB5nD1qAE/s1600-h/Archibaldmacleish%5B1%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Archibaldmacleish[1]" border="0" alt="Archibaldmacleish[1]" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSW6vWfJI/AAAAAAAABSw/gtP7l6xZBM0/Archibaldmacleish%5B1%5D_thumb.jpg?imgmax=800" width="217" height="244" /></a> <a href="http://es.wikipedia.org/wiki/Archibald_MacLeish">Archibald MacLeish</a></p> <p><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Hudson_Taylor"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="J_Hudson_Taylor_1865[1]" border="0" alt="J_Hudson_Taylor_1865[1]" src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqSXDsQp3I/AAAAAAAABS0/2cDOk2XEirA/J_Hudson_Taylor_1865%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="164" height="244" /> Hudson Taylor</a></p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-7812441855831483272009-12-17T11:41:00.001-08:002009-12-17T11:41:05.383-08:00Lido 'A Morte da Razão' (1)<p> <a href="http://lh6.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJPtrpLYI/AAAAAAAABRo/59KO-p2Cpx4/s1600-h/Herbert_Read_1958_sitting_w_dog%5B1%5D%5B5%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-top: 0px; margin-right: 0px; border-right: 0px" title="Herbert_Read_1958_sitting_w_dog[1]" border="0" alt="Herbert_Read_1958_sitting_w_dog[1]" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJQDG1jwI/AAAAAAAABRs/sKuUwBJg9aY/Herbert_Read_1958_sitting_w_dog%5B1%5D_thumb%5B3%5D.jpg?imgmax=800" width="180" height="180" /></a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Read">Herbert Read</a></p> <p><a href="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJQhOWCaI/AAAAAAAABRw/H_3ksa0JBKI/s1600-h/Pablo_picasso%5B1%5D%5B2%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Pablo_picasso[1]" border="0" alt="Pablo_picasso[1]" src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJQ5ZhCSI/AAAAAAAABR0/dF3Nn02LVpY/Pablo_picasso%5B1%5D_thumb.jpg?imgmax=800" width="198" height="244" /></a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Picasso">Pablo picasso</a></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_Dali"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Salvador_Dali_NYWTS[1]" border="0" alt="Salvador_Dali_NYWTS[1]" src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJRRKryeI/AAAAAAAABR4/BQeJzR9QM7k/Salvador_Dali_NYWTS%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="185" height="244" /> Salvador Dali</a></p> <p> <a href="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJR8yKJOI/AAAAAAAABR8/yu-a50d5BXY/s1600-h/Leonard_Bernstein_1971%5B1%5D%5B2%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Leonard_Bernstein_1971[1]" border="0" alt="Leonard_Bernstein_1971[1]" src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJSe5zS0I/AAAAAAAABSA/x-t62U-C5qc/Leonard_Bernstein_1971%5B1%5D_thumb.jpg?imgmax=800" width="163" height="244" /></a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonard_bernstein">Leonard Bernstein</a></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Miller"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Henry_Miller_1940[1]" border="0" alt="Henry_Miller_1940[1]" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJS-yC9wI/AAAAAAAABSE/7Drb3Y3EupQ/Henry_Miller_1940%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="199" height="244" /> Henry Miller</a></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Terry_Southern"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="southern.1[1]" border="0" alt="southern.1[1]" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJTB5RXZI/AAAAAAAABSI/KaK8qVcKwdg/southern.1%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="196" height="244" /> Terry Southern</a></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Esslin"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="Martin%20Esslin_small[1]" border="0" alt="Martin%20Esslin_small[1]" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJTiALROI/AAAAAAAABSM/FLQrrqZUSD8/Martin%20Esslin_small%5B1%5D%5B3%5D.jpg?imgmax=800" width="151" height="220" /> Martin Esslin</a></p> <p><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_Foucault"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="foucault08[1]" border="0" alt="foucault08[1]" src="http://lh6.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyqJUInbIXI/AAAAAAAABSQ/eFbXDR05LTA/foucault08%5B1%5D%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="182" height="244" /> Michel Foucault</a></p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-49548611111893204912009-12-10T12:23:00.001-08:002009-12-10T12:23:04.299-08:00André Malraux<p><a href="http://lh6.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyFYpcELHfI/AAAAAAAABQ8/Eew3k7FuF_I/s1600-h/Malraux-Freund-1935%5B1%5D%5B1%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-top: 0px; margin-right: 0px; border-right: 0px" title="Malraux-Freund-1935[1]" border="0" alt="Malraux-Freund-1935[1]" align="left" src="http://lh6.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SyFYp9ih9jI/AAAAAAAABRA/CAM-zWxQFFg/Malraux-Freund-1935%5B1%5D_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800" width="164" height="244" /></a> "Toda arte é uma revolta contra o destino do homem" <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9_Malraux">André Malraux</a> (1901-1976), escritor francês</p> <p><b>André</b> <b>Malraux</b> profetizou: "O século XXI será religioso ou não será."</p> <blockquote> <p>Cada uma das grandes religiões trouxe uma noção fundamental do homem, e nosso tempo esforça-se apaixonadamente por dar forma ao fantasma que o século das maquinas colocou em seu lugar. Tanto mais apaixonadamente quanto, com os campos de exterminação, com a ameaça atômica, a sombra de Satã reapareceu sobre o mundo, ao mesmo tempo que reaparecia no homem: a psicanálise redescobre os demônios, para reintegrá-los no indivíduo. Mas, num mundo sem chave, onde o Mal se torna fundamental enigma, qualquer sacrifício, qualquer obra prima, qualquer ato de piedade ao heroísmo propõem um enigma tão fascinante quanto o do suplicio da criança inocente, obsessão de Dostoievsky: quanto o de todos os pobres olhos humanos que descortinaram uma câmara de gás antes de se fecharem para sempre: a existência do amor, da arte ou do heroísmo não é menos misteriosa que a do mal. Quiçá a aptidão do homem para concebê-los ou conservá-los invencivelmente seja um de seus "componentes”, como o é a aptidão para a inteligência: e o objetivo de nossa civilização, no âmbito do espírito, se torna, assim, depois de ter descoberto as técnicas que reintegram os demônios no homem, o de buscar as técnicas que reintegrariam nele os deuses.</p> <p>Mas a reconquista da grandeza esquecida assume a forma que lhe dão os que a asseguram. É que cada nação a preserva a seu modo - e tende a agrupar-se, não com todas as outras, mas com algumas afins, em vastas áreas culturais. A nova civilização se manifestará de certo no Ocidente, não só sob sua forma russa, mas sob duas grandes formas que corresponderão, «grosso modo», as áreas católicas e protestantes. De cada uma dessas formas, do novo tipo de homem por elas suscitado, posso aqui dizer, como em Atenas: pertencerão a todos os que tiverem resolvido criá-las juntamente: o espírito não conhece nações menores, conhece apenas nações fraternas - e vencedores sem vencidos.</p> <p>Eis aí onde a cultura encontra seu papel insubstituível. Pelo conhecimento, mas também por outros caminhos mais secretos. A cultura não consiste somente em conhecer Shakespeare, Victor Hugo, Rembrandt ou Bach: consiste antes de mais nada em amá-los. Não há cultura verdadeira sem comunhão, e talvez seu domínio mais profundo e mais misterioso seja a «presença», em nossa vida, do que deveria pertencer à morte. A cultura do novo mundo latino - que não é apenas o grande e velho mundo mediterrâneo, que não é somente a América Latina - será, como todas as verdadeiras culturas, uma cultura conquistada. O que ela deve conquistar para criar seu tipo de homem exemplar e para moldar seu novo passado é a presença, em seu seio, de todas as formas de arte, de amar, de grandeza e de pensamento que, no curso de milênios, sucessivamente permitiram ao homem «ser menos escravo»: o domínio que une, ao fundo de nossa memória, sob a imensa indiferença das nebulosas, as silhuetas invencíveis e outrora inimigas dos pescadores de Tiberíade e dos pastores da Arcádia... O império mais sangrento do mundo, o império assírio, deixa em nossa memória a majestade de sua «Leoa ferida»: se há uma arte dos campos de concentração, ela não exprimirá os carrascos e sim os mártires. "Ergue-te Lázaro". Não sabemos ressuscitar os corpos, mas começamos a saber ressuscitar os sonhos - e o que hoje vos propõe a França, é que, para todos nós, a cultura seja a ressurreição da nobreza do mundo.</p> <p>Reconheçamos que nos une um futuro fraterno, mais ainda que um passado comum. Tivestes razão, nas mais sombrias horas, quando não desesperastes de nós, porquanto, hoje, o General De Gaulle, que encontrou todas as chagas de meu país em seu legado, reencontra, apesar dessas chagas, a linguagem secular da França, para lembrar ao mundo que “é o homem que se trata de salvar". Porque a cultura tem duas fronteiras intransponíveis: a servidão e a fome. Que nos seja dado contribuir para apagá-las, que nos seja dado construir uma civilização que se assemelhe à nossa esperança, uma civilização que coloque todas as grandes obras da humanidade ao serviço de quantos homens as reclamarem!</p> <p>Haveis pronunciado aqui, Sr. Presidente da República, palavras conhecidas de muitos dentre nós:</p> <p>«Deste planalto central, desta solidão que será em breve o cérebro de onde partirão as altas decisões nacionais, lanço um olhar, uma vez mais, sobre o futuro de meu país e entrevejo essa alvorada com fé inquebrantável e confiança sem limites na grandeza de seu destino». </p> <p>Quando, por minha vez, contemplo este lugar que já não é uma solidão, acodem-me ao espírito as bandeiras que o general De Gaulle entregou, em 14 de julho, aos chefes dos Estados da comunidade franco-africana, e o solene cortejo de sombras dos mortos ilustres da França, que amais, porque seus nomes pertencem à generosidade do mundo. E em sua grande noite fúnebre, um murmúrio de glória acompanha o bater das forças que saúdam vossa audácia, vossa confiança e o destino do Brasil, enquanto se vai erguendo a capital da esperança.</p> <p><strong><b>André Malraux</b>, ministro dos assuntos culturais da França <br /><a href="http://209.85.129.132/search?q=cache:ZAuOUUxSYbUJ:web.brasiliapoetica.blog.br/site/index.php%3Foption%3Dcom_content%26task%3Dview%26id%3D1572%26Itemid%3D1+%22Andr%C3%A9%C2%A0Malraux%22+c%C3%A9u&cd=6&hl=de&ct=clnk&gl=br">Brasília, 24 de Agosto de 1959</a></strong></p></blockquote> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-40432264574130120082009-11-20T08:20:00.001-08:002009-11-20T08:20:25.804-08:00Mas atentem para o poeta<blockquote> <p><em><a href="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SwbBxz9WlfI/AAAAAAAABN4/hldUvkKAwFc/s1600-h/k0600288%5B1%5D%5B3%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-top: 0px; margin-right: 0px; border-right: 0px" title="k0600288[1]" border="0" alt="k0600288[1]" align="left" src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SwbBycpnbEI/AAAAAAAABN8/VRMl6gF6VEg/k0600288%5B1%5D_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800" width="117" height="174" /></a> "Escutemos, por um instante, a voz dos poetas, porque ela costuma exprimir o que chamamos de “sentimento do mundo”, o sentimento da velhice e da juventude perene do mundo, da grandeza e da pequeneza dos humanos ou dos mortais."</em></p> <p><strong>- Marilena Chauí em "Convite à Filosofia" -</strong></p> <p> </p> <p><em>"What Is Philosophy? (Que é filosofia?), termina com a ressalva “ mas atentem para o poeta. Quando apela a que se dêem ouvidos ao poeta, ele não quer dizer que escutemos o teor ou conteúdo das palavras do poeta. O conteúdo não vem ao caso – poder-se-ia invocar seis poetas que se contradizem entre si. Não importa o conteúdo porque o conteúdo se acha na área da racionalidade, isto é, no andar inferior. O que é relevante é que existe coisa tal como a poesia – e esta se situa no andar superior."</em></p> <p><strong>- Francis Schaeffer sobre Heidegger -</strong></p> </blockquote> <blockquote> <p> </p> <p><em>"Mas pelo fato de a poesia, em comparação com o pensamento, estar de modo bem diverso e privilegiado a serviço da linguagem, nosso encontro que medita sobre a filosofia é necessariamente levado a discutir a relação entre pensar e poetar. Entre ambos, pensar e poetar, impera um oculto parentesco porque ambos, a serviço da linguagem, intervêm por ela e por ela se sacrificam. Entre ambos, entretanto, se abre ao mesmo tempo um abismo, pois “moram nas montanhas mais separadas”."</em></p> <p><strong>– Heidegger em "Que é Filosofia" -</strong></p></blockquote> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-21511056699855486922009-11-12T13:10:00.001-08:002009-11-12T13:10:46.585-08:00Dois diagnósticos: Schaeffer X Tournier<p><a href="http://lh5.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/Svx5zccLHhI/AAAAAAAABNE/0tefQSSMaog/s1600-h/bxp200726%5B1%5D%5B3%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-top: 0px; margin-right: 0px; border-right: 0px" title="bxp200726[1]" border="0" alt="bxp200726[1]" align="left" src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/Svx51HbDFnI/AAAAAAAABNI/Uhi7323fHiQ/bxp200726%5B1%5D_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800" width="174" height="117" /></a> Dois escritores evangelicais de sucesso, um psiquiatra suiço morador de Genebra o outro pastor americano que viveu na Suiça, ambos falecidos na década de 80 do século passado, ambos traçaram um diagnóstico do homem moderno frente às suas tensões e crises.</p> <p>O fácil diagnóstico feito por Paul Tournier (1898-1986) se destaca frebte à engenhosa construção proposta por Francis Schaeffer (1912-1984) em "a morte da razão":</p> <blockquote> <p>“Vimos que desde Rousseau  se estabeleceu a dicotomia entre natureza e liberdade. A natureza passara a representar o determinismo,  a máquina, como o homem na desesperançosa situação de ser absorvido pela máquina. Então, no andar superior, vemos o homem lutando pela liberdade. A liberdade que era buscada era uma liberdade absoluta, sem limitações. Não existe Deus, nem mesmo um universal, a limitá-lo de sorte que o indivíduo procura expressar-se com total liberdade e, todavia, ao mesmo tempo, sente a condenação de ser absorvido na máquina. Esta é a tensão do homem moderno.”</p> </blockquote> <p>Partindo também de conceitos filosóficos, Tournier, em <a href="http://www.ultimato.com.br//file/capitulos/Mitos-Neuroses-leia.pdf">Mitos e Neuroses</a>, pondera que "o homem moderno acredita ter suprimido deste mundo os valores, a poesia, a consciência moral, mas não fez mais do que uma repressão, e por isso sofre".</p> <p>Ao contrário de FS, que lamenta a negligência ou supressão da razão feita pelo homem moderno, Tournier alerta que a repressão se deu no campo emotivo e não no itelectual, e essa tende a crescer mais quando nos apegamos ainda mais à razão, à lógica em detrimento de nossos sentimentos.</p> <p>Por isso são catastróficos os efeitos do neo-fundamentalismo. Por isso o grande inimigo da igreja sempre foi e será a turma do legalismo apegada a seus conceitos inflexíveis, à sua lógica quadrada e ortodoxia morta e não a de pecadores com suas contradições, metamorfoses loucas e suas transgressões de princípios éticos e estéticos pré estabelecidos.</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-56424631506185203602009-11-02T13:26:00.001-08:002009-11-02T13:26:39.689-08:00Anthony Flew<p><img style="display: inline; margin-left: 0px; margin-right: 0px" align="left" src="http://graphics8.nytimes.com/images/2007/10/30/magazine/04flew600.1.jpg" width="277" height="140" /> Considerado o principal filósofo dos últimos cem anos, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Antony_Flew">Antony Flew</a> passou mais de cinqüenta defendendo o ateísmo. No entanto, ao continuar investigando o tema, ele reviu seus conceitos. Em 'Deus existe', Flew trata de suas origens e crenças iniciais e de como e por que passou a acreditar em um Deus. E, mesmo baseado em evidências científicas, ele o faz de modo que é impossível não refletirmos a respeito de nossos próprios conceitos.</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-61055798932054974482009-10-15T12:40:00.001-07:002009-10-15T12:40:51.036-07:00Teilhard de CHARDIN<blockquote> <p><img style="display: inline; margin-left: 0px; margin-right: 0px" align="left" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/38/Pierre_Teilhard_de_Chardin.jpg/180px-Pierre_Teilhard_de_Chardin.jpg" /> <i>"Aparentemente, a Terra Moderna nasceu de um movimento anti-religioso. O Homem bastando-se a si mesmo. A Razão substituindo-se à Crença. Nossa geração e as duas precedentes quase só ouviram falar de conflito entre Fé e Ciência. A tal ponto que pôde parecer, a certa altura, que esta era decididamente chamada a tomar o lugar daquela. Ora, à medida que a tensão se prolonga, é visivelmente sob uma forma muito diferente de equilíbrio – não eliminação, nem dualidade, mas síntese – que parece haver de se resolver o conflito."</i> (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Teilhard_de_Chardin">Teilhard de CHARDIN</a>, O Fenómeno Humano)</p> </blockquote> <p>Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, conseguiu ser mal visto pelos representantes de ambas.</p><div class="wlWriterHeaderFooter" style="margin:0px; padding:0px 0px 0px 0px;"><br /><br /><script type="text/javascript"><br /></script><br /><script type="text/javascript" src="http://tweetmeme.com/i/scripts/button.js"></script></div> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-55505826355390484352009-10-04T09:44:00.001-07:002009-10-04T09:44:43.440-07:00Julian Huxley<p><img style="display: inline; margin-left: 0px; margin-right: 0px" align="left" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/69/Hux-Oxon-72.jpg/200px-Hux-Oxon-72.jpg" /> </p> <blockquote> <p><em><b>“Sir Julian Sorell Huxley</b>, </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Royal_Society"><em>FRS</em></a><em>, (</em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Londres"><em>Londres</em></a><em>, </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_Junho"><em>22 de Junho</em></a><em> de </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1887"><em>1887</em></a><em> — </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/14_de_Fevereiro"><em>14 de Fevereiro</em></a><em> de </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1975"><em>1975</em></a><em>) foi um </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bi%C3%B3logo"><em>biólogo</em></a><em>, escritor, </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo"><em>humanista</em></a><em> e internacionalista </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido"><em>britânico</em></a><em>, conhecido por suas contribuições pela popularização da ciência através de livros e conferências. Ele foi o primeiro diretor-geral da </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/UNESCO"><em>UNESCO</em></a><em> e foi nomeado Cavaleiro da Coroa Britânica em </em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1958"><em>1958</em></a><em>.”</em></p> </blockquote> <p>Para Francis Schaeffer ele não passou de um ateu humanista que não se importava em provar se Deus existe ou não.</p><div class="wlWriterHeaderFooter" style="margin:0px; padding:0px 0px 0px 0px;"><br /><br /><script type="text/javascript"><br /></script><br /><script type="text/javascript" src="http://tweetmeme.com/i/scripts/button.js"></script></div> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-60746384169789797522009-09-25T12:51:00.001-07:002009-09-25T12:51:39.567-07:00AS PORTAS DA PERCEPÇÃO - CEU E INFERNO - Aldous HuxleySegundo Francis Schaeffer ninguém como Aldous Huxley influenciou de forma tão profunda uma geração para o uso de drogas.<a href="http://www.4shared.com/file/29233422/45ab1f9c/AS_PORTAS_DA_PERCEPO_-_CEU_E_INFERNO_-_Aldous_Huxley.html" target="_blank"><img border="0" src="http://dc93.4shared.com/img/29233422/45ab1f9c/AS_PORTAS_DA_PERCEPO_-_CEU_E_INFERNO_-_Aldous_Huxley.pdf" width="307" height="399" /></a><div class="wlWriterHeaderFooter" style="margin:0px; padding:0px 0px 0px 0px;"><br /><br /><script type="text/javascript"><br /></script><br /><script type="text/javascript" src="http://tweetmeme.com/i/scripts/button.js"></script></div> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-77588837752980884682009-09-12T22:01:00.001-07:002009-09-12T22:01:38.787-07:00A influência de Adouls Huxley<div style="padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; float: none; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:441049ef-5f6c-4299-9d4b-c5b75f5e7c79" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="b3fce35d-ce82-469e-bc59-a0f6fb788c71" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=s432XF4_gX8" target="_new"><img src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/Sqx8sptgZVI/AAAAAAAABKQ/91b5Cxd5eLo/video64c122e510c4%5B3%5D.jpg?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('b3fce35d-ce82-469e-bc59-a0f6fb788c71'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"375\" height=\"314\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/s432XF4_gX8&hl=en\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/s432XF4_gX8&hl=en\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"375\" height=\"314\"><\/embed><\/object><\/div>";" alt=""></a></div></div></div> <p>A obra-prima de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldous_Huxley">Huxley</a>, "Brave New World" (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Admir%C3%A1vel_Mundo_Novo">Admirável Mundo Novo</a>), foi escrita durante quatro meses no ano de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1931">1931</a>. Os temas nela abordados remontam grande parte de suas preocupações ideológicas como a liberdade individual em detrimento ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoritarismo">autoritarismo</a> do Estado.</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-22927872262162697872009-08-10T12:48:00.001-07:002009-08-10T12:48:23.398-07:00Paul Tillich<p><img style="display: inline; margin-left: 0px; margin-right: 0px" align="left" src="http://ecx.images-amazon.com/images/I/41BBBX6MSSL._SS400_.jpg" width="227" height="227" /> A percepção do pensador alemão <a href=" http://en.wikipedia.org/wiki/Paul_Tillich">Paul Tillich</a> (1886-1965) sobre substância católica remete à sua peculiar interpretação do sacramento como universal, o que significa que há uma universalidade do fenômeno religioso inerente ao ser humano. Neste sentido, a mente humana é um sacramento onde o divino aparece, sendo assim qualquer expressão de fé legítima por constituir uma característica própria do relacionamento entre ser humano e sua busca por um sentido último de sua existência. Aqui se configura a principal contribuição do pensamento tillichiano sobre substância católica para o diálogo interreligioso, sobretudo, quando se considera como importante todas as expressões religiosas, pois todas partem — e nascem — da mesma necessidade existencial para o encontro com o divino. Haveria, portanto, um princípio de universalidade da fé, que permite a todas as religiões serem vistas como expressões autênticas da experiência religiosa. É substância porque faz parte do conteúdo religioso. É católica porque é inerentemente universal a todas as expressões de fé. <br />Tillich, no entanto, alerta para o risco de uma destas religiões se pretender como única detentora da revelação, que seria primordialmente universal e natural. Neste caso, o princípio protestante é fundamental no desenvolvimento do diálogo inter-religioso, principalmente por representar um valor iconoclasta de combater qualquer ameaça de idolatria entre as religiões. Nenhuma fé deveria ter o direito de excluir ou desconsiderar as outras manifestações religiosas, já que são congêneres e possuem o mesmo nascedouro existencial. O papel do princípio protestante é evitar a pretensão de cadeiras mais altas em uma mesa ecumênica, cujos membros precisam também praticar o espírito crítico dentro de seus respectivos âmbitos. Qualquer elevação de um aspecto da religião a um patamar de particularidade deve ser compreendida como um perigo idólatra. Por isso, deve ser um princípio protestar contra qualquer risco de uma exacerbação da substância católica — razão pela qual é protestante —, bem como de uma não consideração desta substância em decorrência da incapacidade de uma religião reconhecer como universais todas as outras religiões. <br />A rigor, levados até às últimas conseqüências, a substância católica e o princípio protestante não devem ser vistos como conceitos isolados, mormente por serem interdependentes. De um lado, a substância católica ao extremo poderia resultar em campo fértil para uma inevitável idolatria universal, onde todas as religiões poderiam ser entendidas como essencialmente corretas somente pelo fato de serem expressões de fé, gerando uma falta de crítica entre elas. De outro lado, o princípio protestante assumido única e radicalmente destrói toda propensão humana ao fenômeno religioso, levando conseqüentemente a um mero ateísmo ou frio moralismo. Por esta razão, a substância católica <em><strong>e</strong></em> o princípio protestante necessitam ser entendidos e praticados, no âmbito do encontro das religiões, em uma relação de interdependência. A conjunção “e” não deve ser abandonada, por ser o representante semântico dessa necessidade de coexistência de ambos os conceitos. </p> <p>Extraído do <a href="http://felipefanuel.blogspot.com/2007/04/substncia-catlica-e-o-princpio.html" target="_blank">Blog de Felipe Fanuel</a></p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-81360479072829305282009-06-13T10:23:00.001-07:002009-07-05T09:54:09.062-07:00Karl Barth, a Bíblia e os seus erros<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a8/Wikipedia-karlbarth01.jpg/180px-Wikipedia-karlbarth01.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 179px; height: 123px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a8/Wikipedia-karlbarth01.jpg/180px-Wikipedia-karlbarth01.jpg" border="0" alt="" /></a><blockquote><p>“A Bíblia contém erros, mas a nós nos cumpre crer nela assim mesmo” FS citando Karl Barth</p> </blockquote> <p>Todos nós estamos cansados de saber que a Bíblia contém seus errinhos. Claro que não assumimos isso assim tão abertamente. Ao contrário, usamos de sofismas. Empregamos algumas adjetivos para qualificar a versão da Bíblia mais atual, sem com isso diminuir a versão anterior. Aqui vai uma lista desses adjetivos e o que eles significam em relação às outras traduções ou versões bíblicas:</p> <table border="0" cellspacing="0" cellpadding="2" width="400"><tbody> <tr> <td valign="top" width="200"><strong>Essa versão é:</strong></td> <td valign="top" width="200"><strong>As demais são:</strong></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="200">Corrigida</td> <td valign="top" width="200">Cheias de erros grandes</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="200">Atualizada</td> <td valign="top" width="200">Desatualizada</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="200">Revista</td> <td valign="top" width="200">Cheia de erros pequenos</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="200">De acordo com os melhores textos</td> <td valign="top" width="200">De acordo com os piores textos</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="200">Na linguagem de hoje</td> <td valign="top" width="200">Na linguagem de ontem</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="200">Nova</td> <td valign="top" width="200">Arcaica</td> </tr> <tr> <td valign="top" width="200">Viva</td> <td valign="top" width="200">Morta</td> </tr> </tbody></table>ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-61877900616893788792009-05-26T12:26:00.001-07:002009-05-26T12:26:41.704-07:00Martin Heidegger<blockquote> <p><a href="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/ShxCbrSUFpI/AAAAAAAAA9U/WEoX2CuunR4/s1600-h/image%5B6%5D.png"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-top: 0px; margin-right: 0px; border-right: 0px" title="image" border="0" alt="image" align="left" src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/ShxCcAeiebI/AAAAAAAAA9Y/ycnOU2qny_o/image_thumb%5B2%5D.png?imgmax=800" width="145" height="198" /></a> “Heidegger firmou tudo nesta espécie de ansiedade básica. Portanto, os termos por que se expressa andar superior não fazem diferença alguma.” FS</p> <p>Pessoalmente, eu acho esclarecedor o <br />relato de Bernard Welte (filósofo, padre da Arquidiocese de Freiburg, antigo estudante que se tornou amigo do velho Heidegger) que narra o que eu tomo por ser a palavra final de Heidegger sobre o assunto. Em fevereiro de 1976, Heidegger, ciente de que estava morrendo, pediu a Welte para que proferisse um curto sermão no seu funeral. Desconcertado, Welte protestou <br />que durante o passar dos anos, Heidegger deixou claro não ser uma pessoa crente, que seu pensamento, quando muito, seria ateísta (isto é, sobre Ser, e não sobre Deus) em essência. <br />“Mas eu nunca deixei {formalmente} a Igreja”, respondeu Heidegger. Finalmente consentindo, Welte perguntou ao velho Mestre sobre o que ele gostaria que ele falasse – qual texto <br />da escritura, por exemplo, ele pensava ser apropriado para se meditar sobre. Heidegger respondeu: “Peça e receberá, <br />procure e encontrará, bata, e a porta se abrirá para você” (Lucas 11:9).</p> William Richardson</blockquote> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-59923707165444361012009-05-22T03:17:00.001-07:002009-05-22T03:17:45.404-07:00Então como viveremos?<div style="padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; float: none; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:1838ff71-0124-4734-b0c2-c6f3115e94c5" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="345e51d9-3e12-41de-a45f-08b6b4b4be93" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=hdLejdyNpik&hl=de" target="_new"><img src="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/ShZ7yKjtipI/AAAAAAAAA9A/mrVbNouEixw/video86424e46c9e4%5B3%5D.jpg?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('345e51d9-3e12-41de-a45f-08b6b4b4be93'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"425\" height=\"355\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/hdLejdyNpik&hl=en\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/hdLejdyNpik&hl=en\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"425\" height=\"355\"><\/embed><\/object><\/div>";" alt=""></a></div></div></div> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-11805917635730717762009-05-06T09:47:00.001-07:002009-05-06T09:47:07.077-07:00Gespräch mit Hans Saner über Karl Jaspers<div style="padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; float: none; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:f979355a-80fc-442e-b80d-a39a478c2bb7" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="2815b2ac-7908-4ae1-b722-5c4470f8ab6a" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://video.google.com/videoplay?docid=-4516618537549795594" target="_new"><img src="http://lh3.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SgG_CmvvEOI/AAAAAAAAA6Q/6yq_26zjyAc/video4ea4cd1a8dc9%5B3%5D.jpg?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('2815b2ac-7908-4ae1-b722-5c4470f8ab6a'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><embed style=\"width:400px; height:326px;\" wmode=\"transparent\" id=\"VideoPlayback\" type=\"application/x-shockwave-flash\" src=\"http://video.google.com/googleplayer.swf?docId=-4516618537549795594&hl=en\" flashvars=\"\"> <\/embed><\/div>";" alt=""></a></div></div></div> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-65386459870590729022009-04-14T10:00:00.001-07:002009-04-14T10:00:44.360-07:00A duvidosa tese principal<p>Mais uma vez FS expõe a tese principal de seu livro “A morte da Razão”, a saber que o homem moderno, diferentemente do homem de outras épocas, “matou a razão”, eliminando-a por completo dos aspectos transcendentes de sua existência.</p> <blockquote> <p><em>“O que faz do indivíduo um homem tipicamente moderno é a existência desta dicotomia […] É isto que separa e distingue o homem moderno, por um lado, do homem da Renascença, que alimentava a esperança de uma unidade humanista e, de outro lado, do homem da Reforma que possuía na realidade uma unidade racional acima e abaixo da linha com base no conteúdo da revelação bíblica.”</em></p> </blockquote> <p>Infelizmente essa ilusão de FS de que a Bíblia ofereça uma unidade racional é contradita pela história eclesiástica e pela  própria Bíblia conforme os versículos abaixo:</p> <blockquote> <p>Pv 3:5 Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu <u>próprio</u> <u>entendimento</u>.</p> <p>1Co 1:18 Porque a palavra da cruz <u>é</u> <u>loucura</u> para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.</p> <p>1Co 3:19 Porque a sabedoria deste mundo <u>é</u> <u>loucura</u> diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.</p> <p>Lc 10:21 Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que <u>escondeste</u> estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.</p> </blockquote> <p>Tudo isso nos leva a crer que os filósofos existencialista e conseguintemente o homem moderno teriam razão de duvidarem da razão em se tratando de experiências transcendentais.</p> <p>Ali na dicotomia não se encontraria portanto a resposta para o problema levantado por Francis Schaeffer.</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-37740122278465468712009-03-26T18:45:00.001-07:002009-03-26T18:45:05.734-07:00Camus (1913-1960)<p><em><img style="display: inline; margin-left: 0px; margin-right: 0px" height="199" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e1/Albert_Camus.png/250px-Albert_Camus.png" width="158" align="left" /> “Assim, ainda que a revolta, como bem mostrou </em><a href="http://de.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus"><em>A. Camus</em></a><em>, seja uma aspiração à liberdade, o que lhe confere nobreza e caráter humano não é a liberdade. Pode-se ser escravo da revolta, seja ela aberta ou surda, expressa ou reprimida. A psicologia há de fazer passar da revolta escondida à revolta vivencial, o que já é por si mesmo mais sadio e mais autêntico. Só a experiência espiritual pode libertar da falsa submissão e da rebeldia, pela tomada de consciência de nossas próprias responsabilidades.”</em> Paul Tournier</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-55687123109956535632009-03-16T12:55:00.001-07:002009-03-16T12:55:17.270-07:00Onde está afinal o absurdo?<blockquote> <p><img style="display: inline; margin-left: 0px; margin-right: 0px" src="http://www.fotosearch.de/bthumb/phd/PHD405/86171.jpg" align="left" /> <em>“De Kierkegaard procedem duas extensões – o existencialismo secular e o existencialismo religioso. O existencialismo secular se divide em três correntes principais representadas por: <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Paul_Sartre">Jean-Paul Sartre (nascido em 1905)</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus">Camus</a> (1913-1960) na França, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jaspers">Jaspers</a> (nascido em 1883) na Suíça, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Heidegger">Heidegger</a> (nascido em 1889) na Alemanha.</em></p> <p><em>Em primeiro lugar, Jean-Paul Sartre. Racionalmente, o universo é absurdo e o homem deve buscar autenticar-se a si mesmo. Como? Mediante um ato da vontade. Assim, se você estiver andando de carro pela rua e avistar alguém na calçada sob forte chuva, você para o carro, apanha a pessoa e lhe dá uma carona. É absurdo. Que importa? A pessoa nada é, mas você se autenticou mediante um ato da vontade. A dificuldade, entretanto, é que a autenticação não tem conteúdo racional ou lógico – todas as direções de um ato da vontade são iguais. Portanto, de maneira semelhante, se você está dirigindo numa rua e avista o homem na chuva, e acelera o carro e o atropela, você autenticou sua vontade, na mesma medida. Entendeu? Assim, pranteie pelo homem moderno posto em situação tão desesperançosa.”  F.S.</em></p> </blockquote> <p>Será que todos nossos atos seriam assim tão racionais como FS supõe? Será que as nossas racionalidades não seriam, muitas das vezes, meros artifícios para justificarem nossas próprias vontades? Temo que Sartre esteja correto e Schaeffer, errado.</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6260039725410817714.post-75281860011524717582009-03-11T18:17:00.001-07:002009-03-11T18:23:43.785-07:00O Salto<blockquote> <p><a href="http://lh4.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/Sbhiqs912EI/AAAAAAAAAzU/GpUbWmUsdpw/s1600-h/image%5B7%5D.png"><img title="image" style="border-right: 0px; border-top: 0px; display: inline; margin-left: 0px; border-left: 0px; margin-right: 0px; border-bottom: 0px" height="203" alt="image" src="http://lh5.ggpht.com/_wNWXzMNvqrY/SbhirgL60-I/AAAAAAAAAzY/Y32ReOURtgA/image_thumb%5B5%5D.png?imgmax=800" width="193" align="right" border="0" /></a> “Abraão não tem saída a não ser pelo salto do ético ao religioso. Em outros termos, Abraão deve saltar para a fé, aceitando o absurdo da exigência divina e concordando com uma suspensão do ético, em favor do religioso. Em tais situações críticas, a escolha que o indivíduo sente-se obrigado a fazer independe de quaisquer critérios racionais, isto é, as regras gerais e universais não podem ajudá-lo. Apesar disso, segundo Kierkegaard, existem algumas experiências, à margem do ético e do religioso, que podem servir de indicação, uma delas é o desespero, outra é a ansiedade.”</p> </blockquote> <p>vida e obra de Kierkegaard em Os Pensadores</p> <p>Pensando no salto de Kierkegaard e nos meus próprios saltos que a vida me obrigou a dar e considerando ainda o último <a href="http://morte-da-razao.blogspot.com/2009/02/ele-atacava-soreen-kierkergaard.html?showComment=1236811620000#c6707283471708164011">comentário da Márcia</a>, sou levado a crer que boa parte da parafernália evangélica está montada, de fato, para forçar um salto ao inverso: fazer que por meio do desespero ou da ansiedade “o crente” pule do religioso de volta ao ético. É um salto de <u>contra fé.</u> É a produção em série e em massa de bons fariseus e péssimos cristãos (se é que se pode ainda assim ser denominados). Desse mal, pelo menos, os chamados “cristãos nominais” estão protegidos.</p> ROGÉRIO B. FERREIRAhttp://www.blogger.com/profile/04219439886484326793noreply@blogger.com1