quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Relativismo X Verdade absoluta.

Meu comentário no Post Relativismo, Certeza e Agnosticismo em Teologia de Augustus Nicodemus.

Começarei pelo finalzinho: sem dúvida o respeito seu e de qualquer pessoa vale alguma coisa. Respeito não significa concordância e é uma das bases da tolerância que a sociedade pluralista relativista de hoje exige.

Li todo o texto e haveria vários pontos a serem levantados, mas me limitarei a poucos:

1) Não existiria somente uma, a verdade absoluta, que é o Verbo que se fez carne?

2) Portanto não estariam todas as outras coisas (e a percepção delas) a priori relativas ou subordinadas a essa Verdade?

3) Se são relativas não perderiam então seu caráter absoluto? Assim até mesmo no campo ético não foi Ele quem enfatizou a maior importância daquilo que é subjetivo sobre o que é objetivo e evidente?

Assim as teologias são de fato relativas, e marcos antigos não ajudam muito aos aventureiros. E explorar esse oceano que ainda não foi navegado é a proposta de nosso novo Blog, Teologia Livre.

Nosso (e penso que vosso também) problema está em que queremos valorizar mais o resultado da descoberta teológica do que o processo do descobrimento. Mas ambos são importantes. Os debates dos primeiros séculos sobre a trindade, se desenrolados hoje teriam outros elementos, outro tempero. Ainda que os resultados sejam semelhantes nunca seriam os mesmos! Aliás, nem sei se o termo debate caberia hoje. Mas nada impede que hoje a questão da trindade aflore no coração de indivíduos, em seu contato com o mundo islâmico, por exemplo, e isso leve a novas perspectivas da pessoa, natureza e substância divinas.

Finalizando digo que sua postura pode parecer bem com a escola cristã de Alexandria, ao platonismo, que busca as idéias imutáveis e as verdades eternas. Por outro lado os “progressistas” lembrariam a escola de Antioquia que queriam uma coisa mais aplicada à realidade histórica. Mas quanta distância, temporal, geográfica, cultural disto tudo...

Não. Você é um dos principais formadores de opinião no Brasil (cristão evangélico) seu respeito vale alguma coisa sim.

Resolvi postar hoje esse comentário pois é de cunho filosófico que é de certa forma o motivo do livro a morte da razão e desse espaço.

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