“Talvez você se lembre um dos filmes de Godard, Pierrot le Fou, em que as pessoas em vez de sairem pela porta, saem pelas janelas. Mas o interessante é que eles não saem através da parede sólida. Goddard está realmente dizendo que, embora ele não tenha resposta, e ao mesmo tempo, ele não pode sair por aquela parede sólida. Esta é apenas sua expressão da dificuldade de considerar que existe um universo totalmente caótico, enquanto o mundo externo tem forma e ordem.” Francis Schaeffer
O interessante aqui, do meu ponto de vista, é o caráter provocativo e contestatário da chamada Nouvelle vague, que se ergue contra os filmes comerciais e previsíveis de então.
O que FS não enxergou é o grito por algo diferente daquela geração. Não é tudo um tratado contra a racionalidade e ordem, mas um grande ponto de interrogação frente a todas as convenções, a toda a ordem e à racionalidade de um mundo que vinha se reconstruindo após sua segunda grande guerra.
Os cineastas como Jean-Luc Godard estavam a busca de algo novo e isso só se consegue, via de regra, via experimentação.
Embora o argumento de FS seja correto, ao afirmar que exista uma resposta “racional” para a questão antológica, não é de todo correto afirmar que possa não exista uma resposta “não racional”.
O próprio apóstolo nos lembra que se falarmos (usarmos da racionalidade) línguas mil e não tivermos amor, nada seríamos.
Uma conhecida canção evangélica nos lembra que na cruz, num gesto sem palavras, Jesus mostrou amor por nós.
E novamente a Bíblia arremata dizendo que a cruz, é escândalo e loucura, para os que se perdem.
Talvez falta-nos empatia com os que se perdem para encarnarmos essa loucura da cruz em nossas vidas e assim revelarmos a racionalidade de Cristo.
4 comentários:
Oii Rogerr!!
Adorei o blog..mta informação boaaaa
seguidoraaa :)
abss
=**
gostei do "algo novo" porque a incógnita sempre é o "e agora josé?" e agora? a ? ... esse parágrafo sobre o universo caótico também é excelente para expor que a ordem externa é apenas uma casca, verdadeira, ou não.
acho o mesmo, no falta empatia aos que se perdem.
quanto a morte a razão, no meu blog acho que você vai encontrar vários rabiscos que vai gostar.. afinal eu já curti o seu só pelo nome e depois da capa o conteúdo tá valendo a pena também, parabéns pela reflexão. http://rabiscoscafeinados.blogspot.com/2010/12/sinestesia-das-palavras-ausentes.html
acho que enquanto carne, nossa serenidade é temporária mesmo, são momentos.. se não vira anestesia.
abraço (+_+).
Olá, Roger
Impressionante encontrar um blog q fala especificamente da discussão em torno dos livros do Shaeffer!
Até hj considerava q "A morte da razão" era um livrinho perdido no tempo espaço q chegou às minhas mãos de forma inesperada (e útil).
Até então o considerava um livro muito interessante, que precisaria ser relido (basta uma amiguinha me devolver), já q até hj não conheço nenhum outro titulo q buscou trabalhar a historia da filosofia e da religião, tocando em temas muito proximo a minha realidade, autores e cineastas ditos pós-modernos.
Tinha bastante estima por esse livrinho, e confesso, sou um fundamentalista! haha.
Mas sempre discordei da defesa da Razão pregada por Shaeffer.
Adorei saber q existe uma pequena comunidade q tbm pensa, critica, lê e discute essas idéias.
Seu trab é muito bom. Que bom saber q o descobri logo num momento de retomada.
Grande abraço!
Roger, achei seu blog interessante, no entanto, acho que você precisa fazer uma análise mais profunda, às vezes suas ideias são contraditórias e ficam um pouco ilógicas. Uma análise mais profunda do A Morte da Razão, talvez após uam discussão com outras pessoas, deixaria as postagens mais interessantes e os argumentos mais sólidos e claros.
Continue!!
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