Mais uma vez FS expõe a tese principal de seu livro “A morte da Razão”, a saber que o homem moderno, diferentemente do homem de outras épocas, “matou a razão”, eliminando-a por completo dos aspectos transcendentes de sua existência.
“O que faz do indivíduo um homem tipicamente moderno é a existência desta dicotomia […] É isto que separa e distingue o homem moderno, por um lado, do homem da Renascença, que alimentava a esperança de uma unidade humanista e, de outro lado, do homem da Reforma que possuía na realidade uma unidade racional acima e abaixo da linha com base no conteúdo da revelação bíblica.”
Infelizmente essa ilusão de FS de que a Bíblia ofereça uma unidade racional é contradita pela história eclesiástica e pela própria Bíblia conforme os versículos abaixo:
Pv 3:5 Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
1Co 1:18 Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
1Co 3:19 Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.
Lc 10:21 Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.
Tudo isso nos leva a crer que os filósofos existencialista e conseguintemente o homem moderno teriam razão de duvidarem da razão em se tratando de experiências transcendentais.
Ali na dicotomia não se encontraria portanto a resposta para o problema levantado por Francis Schaeffer.
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