terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Graça ou Liberdade

FC.0 Antes de fazermos uma boa análise da crítica de FS sobre Kant e Rousseau gostaria de lembrar que o quarto de milênio que nos separam desses pensadores é o mesmo que os separavam da reforma. Ou seja, o pulo é enorme. Ainda que FS faça uma boa ressalva quanto a isso, o pulo é indesculpável em uma análise mais séria.

A esta altura do livro percebo que FS coloca seus próprios conflitos ao longo de sua leitura da história das artes e da filosofia. Assim, não é que a Graça some do andar de cima com Kant ou Rousseau, mas provavelmente para FS, dentro do contextos dos anos 70, essa seria a conseqüência lógica de uma ênfase na liberdade. Basta que lembremos de Dostoievisk, para termos uma idéia da mentalidade da época, “se não existe Deus, tudo é permitido”.

Do meu ponto de vista a Graça e a Liberdade andam bem juntas e uma não anula a outra. Assim, penso, porque existe Deus, tudo é permitido.

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